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A Comunicação Não-Violenta (CNV) foi criada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. É uma prática que visa ao aprimoramento dos nossos relacionamentos, tanto em nível intrapessoal (eu comigo), quanto em nível interpessoal (eu com o outro) e sistêmico (eu com o contexto social). 

Baseando-se nos princípios da Abordagem Centrada na Pessoa e também de uma gama de conhecimentos provenientes de diversas culturas, incluindo budismo e até mesmo a pedagogia de Paulo Feire, Rosenberg desenvolveu um modelo de comunicação que atualmente é utilizado com grande sucesso em diversas instituições: escolas, empresas, presídios, mediação de conflitos etc.

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A CNV tem como eixo principal a investigação sobre a forma como estabelecemos relacionamentos e o uso do “poder com” ou do “poder sobre” as pessoas, bem como a relação entre sentimento, necessidade e estratégia (soluções para atender necessidades). 

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Ao desenvolvemos a habilidade de reconhecer os sentimentos e necessidades, nossos e dos outros, por trás de cada palavra ou ação (estratégia), uma nova forma de perceber a realidade e de se relacionar começa a se delinear.

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Conseguimos uma chave que nos permite sair do condicionamento das respostas automáticas, adquirimos maior consciência e entendimento sobre nossos estados emocionais, a escuta e empatia se aprofundam, a confiança mútua, a colaboração e a criatividade começam se manifestar, estabelecendo condições propícias para que encontremos soluções/estratégias mais equilibradas e eficazes, garantindo que todos tenham suas necessidades atendidas dentro do sistema social ao qual pertencem.

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Com essa forma de se relacionar, passamos criar “poder com” em lugar de “poder sobre” pessoas. Assim, a Comunicação Não-Violenta se configura como um modelo revolucionário, capaz de transformar a forma como nos relacionamos conosco mesmos e com os outros e promover profundas mudanças sociais.